Conhecendo mais sobre os freios

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Nos primórdios do automóvel, lá pelo final dos anos 1800, os carros eram tão lentos que não passavam dos 10 ou 15 km/h. Assim, os freios praticamente não existiam! Simples sapatas de couro que atritavam nas rodas e serviam, ao mesmo tempo, para frear o carro em movimento ou travá-lo enquanto estivesse estacionado.

No entanto, o tempo foi passando, os carros foram evoluindo e ficando mais rápidos, o que exigiu dos fabricantes um sistema de freios mais elaborado. Quer saber mais sobre freios? Continue a leitura.

Freios e sua evolução

Inicialmente, comandos manuais ou através da força dos pés no pedal estendiam varões que transmitiam o movimento do braço ou do pedal para as sapatas. As sapatas atuavam no que ficou conhecido como panelas de freio. E foi assim na grande maioria dos carros baratos até meados dos anos 20, atuando apenas nas rodas traseiras.

Com o tempo, os carros foram ficando ainda mais velozes e tais sistemas de freios passaram a atuar também nas rodas dianteiras, melhorando a capacidade de frenagem. Já nos anos 30, surgiu a adoção do importante sistema hidráulico que substituiu os arcaicos e pesados varões. Assim, a força no pedal para se parar um carro diminuiu significativamente com esse novo sistema.

As frenagens tornaram-se mais seguras e eficientes. No entanto, o peso dos carros e a potência dos motores não paravam de crescer. Já nos anos 50, os carros, mesmo dotados de freios hidráulico, possuíam panelas e patins de freios enormes.

Freios a tambor vs. freios a disco

Ainda nos anos 50 aconteceu outro grande passo no desenvolvimento dos freios. A Jaguar venceu uma corrida de Le Mans utilizando a novidade dos freios a disco. O sistema mostrou-se eficaz nas distâncias menores que conseguia parar o carro, além da durabilidade do funcionamento mesmo quando utilizado continuamente.

A partir desse momento, técnicos e engenheiros concluíram que o sistema que utilizava discos era bem superior àqueles que utilizavam sistema a tambor. Os carros, a partir dos anos 60, passaram a utilizar o sistema misto, onde discos eram utilizados nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras.

O que acontece é que nas frenagens, e pelo próprio movimento das suspensões, há uma transferência de carga do eixo traseiro para o dianteiro. Dessa forma, acaba se exigindo maior eficiência dos freios dianteiros e, já os freios traseiros, acabam tendo uma importância menor no resultado final da frenagem.

Como o custo de produção do sistema de disco é maior do que dos tambores, a utilização mista é bastante comum até hoje.

Mas, claro que em carros mais caros, onde não existam tantas necessidades de economias e o consumidor está disposto a pagar mais caro por mais qualidade, o freio a disco é utilizado nas quatro rodas, como na Amarok V6.

territorio amarok youtube

Os freios transformam o atrito entre os discos ou tambores em calor e, quanto mais fácil for a dissipação desse calor, maior será a eficiência desse sistema de freios. Esse é o principal motivo pelo qual os discos são mais eficientes que os tambores: enquanto eles são descobertos e se resfriam naturalmente, nos tambores, os patins e as lonas estão fechados em seu interior, dificultando o resfriamento.

Lembre-se: quanto mais ar para arrefecer o sistema, maior será sua eficiência em recobrar uma temperatura que permita seu máximo desempenho.

Freios e pastilha de carbono

Para carros de altíssima performance, como é o caso dos superesportivos e dos carros de corrida como os Fórmula 1, são utilizados discos de freios e pastilhas produzidos em fibra de carbono. Que, ao contrário do aço e do ferro, melhoram sua eficiência a medida em que se aquecem.

Como o coeficiente de atrito desses materiais tem características muito particulares, são voltados para carros de altíssimo desempenho. Naqueles que possuem discos de aço e tambores de ferro, vale a regra básica: quanto mais quente, menor é o atrito e, consequentemente, pior a frenagem.

Freios e tecnologia

No processo de evolução e desenvolvimento ao longo dos anos, o sistema de freios recebeu auxílios eletrônicos, que culminaram por melhorar a segurança dos veículos. O sistema ABS, por exemplo, evita o travamento das rodas, reduzindo dessa forma o espaço de frenagem, pois a eficiência dos freios é superior ao atrito do pneu com o asfalto.

Já o EBD permite que se faça uma distribuição da força de frenagem entre o eixo dianteiro e traseiro, equilibrando a carroceria nas situações mais críticas de frenagem.

E o BAS auxilia, aplicando uma força extra no sistema de freios quando é detectada uma rapidez de acionamento e uma pressão elevada no pedal, o que indica uma possível frenagem de emergência.

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Até logo!


Texto de DOUGLAS MENDONÇA


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