Roteiro 4×4: para o alto da Mantiqueira

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Nosso roteiro 4×4 anterior pelo Vale do Paraíba visitou duas cidades interessantes do interior de São Paulo: São Luís do Paraitinga e Cunha. Ambas com belezas e características bem exclusivas. Além disso, cruzou riachos, cachoeiras e acompanhou o Rio Paraitinga, formador do Paraíba, que dá nome ao vale. E, ainda, dançou a Catira e cantou velhas marchinhas de carnaval, tomando vinho e cerveja artesanal

Agora, o destino é sair do Vale subindo a Serra da Mantiqueira, chegando literalmente às nuvens. Já que na divisa com Minas Gerais, encontra-se um desnível que parte de 760 metros de Cunha para 2.420 metros de altura no Pico dos Marins. A subida é boa, mas ainda melhor quando escolhemos caminhos não convencionais, fora do asfalto, onde a natureza e lindas paisagens se escondem.

Roteiro 4×4 fora da rota tradicional

Primeiramente, de Cunha, partimos em direção a Campos do Jordão, a cidade turística e mais cenograficamente europeia do Estado. Ela fica no alto da serra e é famosa por seu festival de inverno, aliás, uma época em que os termômetros podem atingir menos de 0 graus.

Assim, o frio, as pousadas, restaurantes dos mais variados e hotéis de luxo fornecem os condimentos que tornam Campos do Jordão uma receita com ares extremamente internacionais.

Chegar a cidade é fácil saindo de Taubaté e subindo a serra uma excelente estrada. No entanto, não é exatamente dessa forma que fazemos. Sendo assim, seguimos de Cunha para Guaratinguetá pelo asfalto e visitamos brevemente Aparecida do Norte. Quem não conhece a Basílica terá a real dimensão de como ela é enorme, sem dúvida uma das maiores do mundo católico.

Nossa passada por Aparecida tem um proposito em nosso roteiro 4×4 e você logo saberá o porquê.

Assim que cruzarmos a ponte sobre o Rio Paraíba, passamos por uma área que, na verdade, se trata de uma imensa várzea natural. Lá, canais de irrigação abertos há muitos anos alimentam campos de cultivo de arroz.

Adentrando a Serra

Seguindo á frente, em direção aos perfis verdes da serra que se aproximam lentamente, chegamos ao Rio Pedrinhas, cujo leito feito de pedras roliças lhes dão esse nome. O rio Pedrinhas tem diversos recantos para banho e é um ponto turístico que recebe muitos visitantes da própria região, O caminho segue sua margem, onde é possível encontrar clubes, bares e áreas públicas de lazer.

A serra se inicia, uma estrada de terra entre sítios e pousadas, subindo por centenas de curvas fechadas e íngremes. Em alguns pontos, é possível parar para apreciar o visual longínquo do Vale. Lembram-se da basílica? Agora, parece a ponta de seu mindinho.

A Serra da Mantiqueira mostra então toda a sua exuberância. Escarpas com centenas de metros mergulham dentro da mata nativa enquanto passamos rumo a sua parte mais alta e chegamos bem próximos ao Horto Floresta de Campos do Jordão. A visão panorâmica da Serra das Pedrinhas é magnífica e a visita ao Horto Floresta, totalmente estruturado para o turismo, imperdível.

Uma descida não convencional do nosso roteiro 4×4

Mas vamos ainda mais alto. A estrada do Horto Floresta é pouco conhecida por quem não é da região. Também de terra, pode se transformar em uma desafiadora trilha nas épocas de chuva. Ela segue sentido norte, acompanhando a parte alta da serra. De certo modo paralelo ao Vale, adentrando e saindo do estado de Minas Gerais.

Nesse ponto, a mata passa a ser ponteada por áreas repletas de araucárias, árvores típicas de tempo mais frio. Já estamos a mais de 1800 metros de altura. Seguimos por essa surpreendente trilha, que hora se alarga, ora se estreita.

Passamos pelas ruinas de uma antiga vila que também já foi um hotel bastante visitado há bons anos atrás, e que antes chamado de Pousada do Barão, além de outras ruinas de um antigo sanatório e cruzamos a BR. Assim, seguimos nosso roteiro 4×4 sentido ao Pico dos Marins, um dos pontos mais altos da Mantiqueira.

Como todo lugar de grande altitude, é comum o local encontrar-se cercado pela neblina. E, ainda, podemos chegar de carro até um certo ponto e daí para frente só caminhando. Para quem gosta de caminhadas, o Pico dos Marins é o portal de diversas trilhas que seguem sempre pela espinha dorsal da serra, podendo chegar até quase Agulhas Negras, já no estado do Rio de Janeiro. Mas essa aventura vai além de nosso roteiro 4×4.

Seguindo rotas off road

Por outro lado, vamos acompanhar o Marins, mas descendo novamente a Mantiqueira, agora por uma estreita estradinha de terra e cimento. De lá, é possível visualizar novamente toda a sua grandeza, mas de um ângulo diferenciado e exclusivo, que só pode ser visto daí. Essa descida é curta, por isso muito mais íngreme que a Pedrinhas Entretanto, com uma vista mais ampla, de onde pode se avistar ainda mais a imensidão do vale.

Dessa forma, é um ótimo lugar para experimentar o controle de descidas de sua Amarok. Além disso, colocar em uso o conforto de seus bancos, suspensão e comandos que, mesmo nas viagens mais longas por estradas e trilhas de terra, garantem estabilidade, o conforto e segurança para toda família.

Por fim, desse verdadeiro mirante natural, à noite é possível reconhecer a luz de, pelo menos oito cidades do Vale do Paraíba. É um lugar de contemplação, onde a vista de tão alto garante uma visita inesquecível.

A descida de terra termina no vilarejo de Marins. De lá, novamente o asfalto que nos levará à Piquete, Lorena e de volta a Dutra. Finalizamos esse roteiro 4×4 no vale, voltando para casa. Almas e mentes rejuvenescidas e corpos descansados.

Assim, mais uma aventura para a coleção e ainda outras por virem! Fique ligado em nossas redes sociais, saiba tudo que você precisa sobre off road e Amarok. Junte-se a nós em viagens incríveis a bordo do seu veículo 4×4.

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