Trilhas do Vale do Catimbau

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Se você gosta de história e de viajar para lugares pouco explorados no Brasil, então está na hora de visitar o Parque Nacional do Catimbau. O conjunto de trilhas do Vale do Catimbau formam um paraíso escondido no sertão de Pernambuco, um local ainda pouco conhecidos de nosso cenário.

Na edição passada, falamos um pouco sobre esse local fantástico e como chegar. Agora, vamos conhecer mais detalhes sobre a região. O Parque Nacional do Vale do Catimbau tem 13 trilhas catalogadas. Confira!

Trilha Umburanas

Esta é uma trilha circular com um pouco mais de 1 km. Não tem segredos ou grandes desafios. Apenas algumas subidas em terrenos irregulares e com pedras. Ao longo do percurso, é possível se conectar com a vegetação, percebendo fortes características do agreste e do sertão.

Além disso, as formações geológicas também se apresentam de forma muito especial, com diversas e grandes pedras com formatos diferentes que despertam a criatividade.

Ao final da trilha, é possível subir na pedra mais alta e contemplar a beleza da caatinga, um visual a perder de vista.

Trilhas do Vale do Catimbau e a Pedra da Igrejinha

Conhecido por ser o cartão-postal do Parque, esta é uma trilha de dificuldade básica. Tem, no máximo, 10 minutos de caminhada em terreno de areia fofa, sem relevo, até chegar no atrativo.

A “pedra furada” do Catimbau é um dos cenários mais bonitos e mais fotografados do parque. Já que, seu formato único costuma ser associado com a entrada de uma igreja, daí o nome. Dessa forma, uma boa hora para visita-la é no pôr do sol. Não apenas pela beleza das cores que se apresentam nas pedras, mas também, pela facilidade do caminho de volta até o carro.

Trilha das tartarugas

De fato, essa é uma das trilhas mais bonitas. Nela, você se depara com um majestoso santuário de pedras. Atualmente, acredita-se que lá eram realizados rituais por povos antigos que habitaram essa região.

Além disso, na trilha, você também passa pela curiosa formação geológica que lembra cascos de tartarugas gigantescas, presente em pouquíssimos lugares do mundo.

Como é uma trilha longa, recomenda se começar bem cedo, principalmente para evitar do sol de meio dia.

Homens sem Cabeça

Sem dúvida, essa é uma trilha perfeita para os amantes de história, pois é recheada de inscrições rupestres.

Antes de tudo, o nome da trilha se deve a leitura desses desenhos, muitos representando batalhas, onde os personagens parecem decapitados. Mas, também, pode haver divergências nas interpretações destes desenhos, podendo, na verdade, estar indicando nativos de grandes cabeleiras. Nesse requisito, a imaginação que manda.

Trilha do Chapadão

Apesar de seus 2.5 quilômetros, a trilha é de dificuldade mínima, A Trilha do Chapadão, primeiramente, tem esse nome porque, ao chegar no seu ponto final, você tem uma vista privilegiada da imensa área do parque. Sendo assim, é um dos pontos mais concorridos para ver o pôr do sol.

Trilha do Canyon

Como o próprio nome indica, essa trilha culmina em um inacreditável cânion do Vale do Catimbau. Esse caminho tem cerca de 2 quilômetros. De lá, pode-se avistar várias formações rochosas interessantes, como o jacaré de pedra, o guerreiro e, em alguns lugares, você terá uma vista preliminar, ou parcial, do cânion.

Trilhas do Vale do Catimbau e a Toca do Veado

A Toca do Veado é uma das mais longas. Este ponto turístico é um sítio arqueológico impressionante e muito bem preservado. Certamente, é um lugar privilegiado e muito interessante, e vale todo o esforço para ir e voltar.

Não deixe de incluir este em seu roteiro.

Trilha das Torres

A trilha das Torres é uma das mais bonitas da lista.

Esta é uma região composta por diversos tipos de terrenos. Areia, solo “casco de tartaruga”, etc. Além disso, de lá, é possível apreciar diversas formações de rocha, como a Pedra do Cachorro e as torres do Catimbau, assim chamadas pois parecem terem sido esculpidas por mãos humanas.

Trilha da Casa de Farinha

Nesta trilha, você vai caminhar até uma antiga casa de farinha da região, local que abriga diversas pinturas rupestres de 4.700 anos atrás.

Devido a construção de um forno destinado para confecção de farinha de mandioca, com o pouco conhecimento da época, grande parte do material histórico do local foi danificado. Ainda assim, é uma trilha que vale a pena conhecer!

Trilhas do Vale do Catimbau e a Loca das Cinzas

A Loca das Cinzas fica bem próxima da casa de farinha, ambas trilhas extensas.

Aqui também encontramos um painel com pinturas rupestres com características semelhantes às encontradas na Serra da Capivara no Piauí e no painel dos Homens sem Cabeça.

O nome vem do cristal de quartzo encontrado nos paredões, que dá uma tonalizada acinzentada a pedra.

Trilhas do Vale do Catimbau e a Pedra do Cachorro

Com apenas 500 metros, a Pedra do Cachorro é um dos cartões-postais do Vale do Catimbau, e a mais fácil de percorrer. Para chegar lá, a trilha é bem leve.

Escavações mostraram que, no local, existia um cemitério indígena datado de cerca de 3500 anos, segundo os pesquisadores da UFPE.

Trilha do Alcobaça

Alcobaça é o maior sítio arqueológico do Vale do Catimbau. O paredão das pinturas tem aproximadamente 60 metros de extensão, e lembra a forma de um anfiteatro.

Trilha dos Breus

Por fim, na trilha dos Breus, você encontra a penúltima camada de sedimentos da Bacia do Jatobá, achados geomorfológicos relacionados possivelmente a era paleozoica. Lá, você encontra sítios com pinturas rupestres da tradição Itacoatiara. São gravuras de baixo relevo, pigmentadas na própria rocha.

Em suma, a diversidade de trilhas e atrativos no Parque Nacional do Vale do Catimbau é bem grande. Seus cenários são raros no mundo e é como estar em um filme da pré-história, onde a qualquer momento pudesse surgir um grande dinossauro por entre as rochas.

Na verdade, é mesmo uma viagem no tempo, uma experiência que se pode viver àqueles que querem sair de seu lugar comum. E nada como a companhia de um bom 4×4 para essas aventuras. Por isso, prepare sua Amarok e venha curtir.

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